A indústria de motocicletas no Brasil ultrapassou a marca de 1.000.749 unidades produzidas entre janeiro e junho de 2025, um salto de 15,3% em comparação com o mesmo período de 2024 — tornando-se o terceiro melhor semestre desde 2011.
Em junho especificamente, foram fabricadas 154.113 motos (+45% vs junho/2024).
A previsão da Abraciclo para o ano inteiro é de 1.880.000 unidades, um crescimento de 7,5% sobre 2024.
Produção por Montadora em 2024
Com base nos dados da Abraciclo e inteligência financeira:
- Honda: líder com ~75% de participação. Produziu cerca de 1,3 milhão de unidades — alta de 8% sobre 2023.
- Yamaha: segunda colocada, com ~20% de mercado; produziu 347 mil motos (+17% a/a).
- Triumph (premium): produziu cerca de 13.500 unidades, crescimento de 95%.
- Bajaj: segundo ano de produção no Brasil; emplacou 11.087 unidades em 2024, alta de 180%.
Essas são apenas as montadoras associadas à Abraciclo.
Comparativo com Semestres e Anos Anteriores
Período | Produção (unid.) | Variação em relação ao ano anterior |
---|---|---|
1º semestre de 2024 | ~868 000 | — |
1º semestre de 2025 | 1.000.749 | +15,3% |
Ano de 2023 | 1.573.000* | — |
Ano de 2024 | 1.748.317 | +11,1% |
*Estimado com base em evolução. O crescimento de 2024 foi o maior desde 2011.
Marcas em Ascensão e Destaques
Honda
Mantém domínio absoluto (~70–75% do mercado). Modelos populares como CG 160, Pop e Biz seguem entre os mais vendidos.
Yamaha
Segunda colocada, crescendo ~16–17% em produção. Grande força de marca, boa rede de peças e pós-venda.
Shineray e Mottu
Destaques entre fabricantes emergentes: Shineray cresce especialmente no Nordeste. Mottu aparece entre as mais vendidas em baixa cilindrada para uso urbano.
“O maior crescimento em percentual de mercado foi da Shineray. Eles e a Mottu.” — Reddit /r/motoca
Bajaj
Crescimento expressivo (180% em 2024). Já produziu 10 000 motos em 7 meses de operação em Manaus. Apesar disso, enfrenta críticas sobre reposição de peças.
Triumph
Marca premium em forte expansão (+95% em 2024), acompanhando tendência de alta nas motos de maior cilindrada.
Conclusão
A indústria de motos no Brasil vive um momento exuberante. O crescimento não é apenas intenso, mas também diverso: marcas consolidadas avançam, e novas forças despontam por preço ou inovação.